Como é um procedimento definitivo, irreversível, é necessário observar “o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar” e assinar um termo de consentimento no qual o homem é alertado sobre os riscos da cirurgia, os possíveis efeitos colaterais, os aspectos da cirurgia de reversão e os métodos contraceptivos reversíveis disponíveis como alternativa, e que autoriza o médico a realizar a cirurgia.
É importante destacar que a cirurgia de reversão é possível, mas os resultados não são garantidos, pois pode haver dificuldade ou mesmo a impossibilidade de engravidar a parceira. Porém, se realizada nos primeiros 4 anos após a Vasectomia, cerca de 80% dos pacientes submetidos à reversão obtêm sucesso.
Após a Vasectomia, o paciente pode sentir certo desconforto local nos primeiros dias. É comum escutar, de pessoas que realizaram o procedimento, a sensação de “bolada”. Também não é recomendada a prática de atividades físicas e sexuais nos primeiros 15 dias. As primeiras ejaculações podem ainda vir com espermatozoides; por isso, é importante esperar a liberação do médico antes de parar com os métodos anticoncepcionais.
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A cirurgia de Vasectomia é realizada em um centro ambulatorial ou no hospital, com anestesia local com ou sem sedação, sem internação, o que permite que o paciente volte para cada no mesmo dia e às atividades normais após dois dias. A duração é de cerca de 40 minutos. Através de dois cortes de 5 mm feitos no saco escrotal, o canal deferente (que viabiliza a circulação dos espermatozoides) é identificado e seccionado, depois suturados com fio não absorvível.